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Como pensar na educação infantil durante o distanciamento social?

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Como pensar na educação infantil durante o distanciamento social?

Vivemos um momento em que o COVID-19 nos fez readaptar a nossa rotina por inteiro, nos obrigando a realizar tarefas a distância para não deixar que estas tarefas fiquem pendentes e consequentemente, em atraso.

Quando o assunto é educação infantil isso acaba ficando mais delicado ainda, por estarmos em um estilo de vida onde os pais estão pouco ou nada preparados para interagir de modo educativo com os próprios filhos.

De fato, os pais não conseguem assumir o status quo de professores, pois não exercem a pedagogia como função de trabalho ou outros fatores que podem ser barreiras para esse tipo de atividade.

Como fica a educação dos pequenos nesse contexto?

No âmbito da educação infantil, o plano de ação é um pouco diferente: minimizar os impactos do distanciamento social indicado pelo Ministério da Saúde. A educação infantil na quarentena deve ter como objetivo principal manter o vínculo com as crianças.

O cotidiano é o principal conteúdo para as crianças, e neste momento cabe à escola, considerando as particularidades de cada estrutura familiar e realidade socioeconômica, orientar as famílias na proposição de atividades.

É neste contexto que os pais assumem a função de mediador. Aos pais, cabe cuidar da criação, seguindo as orientações dos professores com situações de aprendizagens no contexto familiar capazes de oportunizar experiências positivas para a criança.

 

Dicas práticas:

Fique desperto!

A primeira coisa a se fazer é muito simples: preste atenção na criança. Perceba e respeite seus interesses e ritmos. Nós, adultos, estamos acostumados a prender a atenção dos mais jovens com interações que nós julgamos interessantes; mas experimente dar vez e voz a elas. Você irá notar a relevância em ouvi-la, observá-la e estar presente.

 

 Oportunize o tempo livre!

Algumas vão gostar de manusear alimentos e entender o seu preparo, outras vão prestar atenção nos pequenos consertos da casa e como funcionam das coisas, também existem aquelas que atentas às conversas e notícias, farão uma avalanche de perguntas. Utilize essas oportunidades para interagir!

 

A criança não é só o cognitivo. Como todo ser humano ela tem um lado emocional e artístico em desenvolvimento. Despertar o interesse de uma criança não é fazer com que ela fique ocupada; isso pode gerar um quadro de ansiedade e esgotamento mental. Manter o contato com o lado artístico da criança é muito importante, tanto na hora do brincar quanto na hora de se aventurar por mundos desconhecidos na leitura.

Uma vida ocupada demais é uma vida vazia, sem tempo de olharmos pra dentro é capaz de nunca descobrimos o que realmente nos dá prazer. Enquanto adultos, somos capazes de medir nossa necessidade de desacelerar, mas as crianças ainda precisam de ajuda para vivenciar este momento de deixar-se maravilhar com gostos e habilidades descobertas. Use este tempo para descobrir junto com seu filho, use este tempo para propor atividades que reforcem vínculos!

 

Mantenha uma rotina!

Crianças precisam de previsibilidade e regularidade. Ao acordar, tome banho e troque de roupa, adote rituais para que seu corpo e mente reconheçam cada etapa do dia. Mantenha a cabeça da criança trabalhando de forma lúdica com uma boa leitura. Assim, será mais fácil se adaptar ao novo ritmo de vida.

 

Não perca contato!

Seja virtualmente, ligação ou na varanda de sua casa. Não deixe de interagir com amigos e familiares. É muito importante manter uma rede de apoio que ajude a preservar a experiência social mesmo que de forma remota. Compartilhe experiências e troque informações.

 

Explore possibilidades!

Seja criativo. Invente e teste uma nova brincadeira, uma nova receita, um novo lugar para ler ou ou algo novo para ler. Tudo pode ser transformado a partir de um novo olhar. Resgate revistas e jornais antigos, faça arte com seus filhos e sobrinhos. Misture cores, modele, crie uma história, teatralize.


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