Paisagens poéticas (No meio do caminho)

Até quando a beleza da Arte superará a beleza das palavras e dos atos? Chegará o tempo em que Arte e Vida se tocarão pela estética. Por meio do amor e da criatividade, do equilíbrio entre a racionalidade e a sensibilidade, o ser humano se tornará naturalmente artista e devolverá ao mundo a magia e o encanto, a beleza e a harmonia, a justiça e a paz. Com o olhar sensível de poeta, Lauro Daros traz neste livro sutis reflexões sobre paisagens interiores e exteriores.

Letícia é uma mulher batalhadora, que trabalha muito para criar seus dois filhos, Fernanda (9 anos) e Caio (13 anos). Após a morte do marido, ela começa a beber, achando que sua atitude não afeta sua vida e a de seus filhos. Eles sentem vergonha da mãe e tentam esconder o problema da escola e dos amigos. Até que a situação se torna incontrolável e Letícia precisa de ajuda com urgência.

A obra é narrada em primeira pessoa, por dois narradores que se alternam: Andreia e Rodrigo. Os dois compartilham suas descobertas sobre a própria família, “gente bem diferente”, mas que parece bem normal. Para os dois, todos têm uma identidade secreta: princesa, a avó; pirata, o avô; fada, a mãe; gênio ou gigante, o pai. Andreia e Rodrigo demonstram grande familiaridade com a Literatura Infantil universal, fazendo referências a Branca de Neve, A princesa e a ervilha, A Bela e a Fera, A Bela Adormecida e Peter Pan. Divertida e poética, a obra chama atenção para as mudanças nos papéis sociais da mulher, do homem e do idoso, além de sugerir a magia e o encanto que podem existir nos pequenos atos do cotidiano.