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Saiba mais sobre o déficit de atenção e hiperatividade

Agitação e desatenção são características que uma criança normal pode demonstrar em alguma fase da vida. Mas como ter certeza de que esse tipo de comportamento não é devido ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)?

O diagnóstico do TDAH não é tão simples e, por isso, é fundamental entender melhor o assunto. Portanto, reunimos informações importantes neste artigo, para que você saiba mais sobre a síndrome e seu tratamento. Continue a leitura e confira!

O que é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade?

Trata-se de uma síndrome marcada por um conjunto de sintomas relacionados à falta de atenção e à inquietude, que ocorrem de forma intensa e incomum. Ela aparece durante a infância e, na maioria dos casos, acompanha a pessoa até sua vida adulta, influenciando seu comportamento e desenvolvimento social.

Infelizmente, pouco se sabe das causas do TDAH. Apesar disso, pesquisas indicam que a manifestação do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade tem origem multifatorial.

Assim, hereditariedade, exposição da mãe a neurotoxinas ou álcool durante a gestação e episódios traumáticos — como a perda de um parente — são alguns fatores que podem favorecer a ocorrência do TDAH.

Existia uma preocupação quanto ao fato de determinados alimentos poderem causar esse transtorno, visto que algumas crianças ficam mais hiperativas depois da ingestão de açúcar. Porém, tal hipótese já foi desconsiderada.

Quais são os sintomas da síndrome?

Os sintomas básicos do TDAH são: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O indivíduo pode apresentar um quadro persistente de apenas um deles, mas o que acontece mais frequentemente é a combinação dos três.

Alguns exemplos de sinais de manifestação do TDAH são:

  • distração frequente, motivada por qualquer fator externo;
  • dificuldade de aprendizagem e concentração;
  • falta de interesse por tarefas que exigem esforço mental por muito tempo;
  • desatenção em situações do cotidiano;
  • falta de organização;
  • inquietação nos pés e nas mãos;
  • falta de paciência para seguir instruções e terminar tarefas.

Como o diagnóstico é obtido?

Buscar por ajuda médica é o primeiro passo a ser dado após a identificação dos sintomas. Os profissionais capazes de diagnosticar o quadro são: o neurologista, o neuropsiquiatra, o neuropediatra e o psiquiatra.

O diagnóstico é baseado na investigação do quadro clínico do paciente. Assim, o médico faz perguntas a ele e à família para saber, de forma mais detalhada, seu histórico familiar e de saúde, como é seu dia a dia e como se relaciona com outras pessoas.

São avaliadas a frequência e a intensidade dos sintomas dentro do contexto em que a pessoa vive e, por fim, os prejuízos que ela sofre. Antes de fechar o diagnóstico, deve-se descartar a possibilidade de os sintomas estarem relacionados a outros distúrbios.

Notas baixas na escola podem estar associadas a distúrbios de aprendizagem, como a dislexia, e não são, necessariamente, um indicativo de que a criança tem TDAH.

Por meio de ressonâncias magnéticas, pesquisadores identificaram mudanças no cérebro de quem sofre de déficit de atenção e hiperatividade. Entretanto, esse tipo de exame ainda está restrito ao campo da pesquisa e não é pedido durante o diagnóstico do paciente.

Como é feito o tratamento?

Viver com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade não é fácil, mas é possível! O TDAH não é uma doença e, portanto, não é certo dizer que há uma cura.

No entanto, existe tratamento para essa síndrome, o que garante que a pessoa tenha qualidade de vida. Os recursos usados para o tratamento do TDAH estão listados a seguir:

Medicamentos

Geralmente, os psicoestimulantes são usados para tratar crianças acima de seis anos, adolescentes e adultos que apresentem o quadro de déficit de atenção e hiperatividade. Tais remédios reduzem o grau de hiperatividade, melhorando a atenção e a capacidade de concentração do paciente.

O uso dos medicamentos para TDAH é bastante seguro quando feito de forma correta e conforme a receita médica. Normalmente, os efeitos colaterais que o paciente tem são problemas com o sono e a falta de apetite.

Terapia

A terapia é um recurso útil para amenizar os efeitos do TDAH. Essa prática auxilia a pessoa a melhorar seu comportamento, controlar seus impulsos, ser mais organizada e lidar com situações adversas.

As modalidades de terapia indicadas nesse caso são:

  • cognitivo-comportamental;
  • psicopedagógica;
  • psicoeducacional;
  • treinamento de habilidades sociais.

Além do uso de medicamentos e da terapia, ter hábitos saudáveis é sempre uma boa recomendação. A prática regular de exercícios físicos, por exemplo, é capaz de afetar positivamente o funcionamento cognitivo, além de ajudar a elevar os níveis de serotonina do organismo.

Como os pais podem ajudar os filhos com TDAH?

Para que todos convivam melhor com a síndrome, os pais precisam compreendê-la e adotar algumas estratégias. Primeiramente, é importante ter paciência.

Impor muitos castigos e fazer críticas o tempo todo não vão diminuir a intensidade do TDAH. A melhor saída é estabelecer diálogos, buscando entender o que os filhos estão sentindo.

Como a criança que sofre de déficit de atenção e hiperatividade tende a ser desorganizada e ter problemas com instruções, os pais devem criar regras em casa e sempre lembrá-la de segui-las.

Outra dica importante é brincar com os pequenos, usando jogos que tenham regras. Assim, eles conseguem desenvolver foco e aprendem a lidar com a disciplina por meio de algo divertido.

Acompanhar a educação dos filhos de perto é essencial. Dessa forma, os pais têm a capacidade de notar as dificuldades que as crianças estão tendo no meio escolar e mais condições de ajudá-los. Caso apresentem falta de atenção ao fazer as tarefas, o incentivo à leitura é uma solução para estimular a concentração.

Embora o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade seja algo sério, a pessoa é capaz de levar uma vida tranquila e com bem-estar ao seguir o tratamento corretamente. Além disso, vale ressaltar que a síndrome requer a atenção e o apoio da família, da escola e do ambiente de trabalho. Isso faz toda a diferença.

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